Os parasitas são seres vivos que retiram de outros organismos os recursos necessários para a sua sobrevivência, e são considerados agressores, pois prejudicam o organismo hospedeiro com o parasitismo.

Eles podem ser a razão de diversas doenças que afetam os peixes ornamentais. Entretanto, os parasitas em peixes não se alojam apenas nos intestinos, por isso é necessário muita atenção e cuidado a tempo, para evitar que os animais no aquário venham a óbito.

 

Sintomas mais comuns de parasitas em peixes

Observar os peixes é essencial para identificar indícios de parasitas. Os sintomas podem variar de feridas, vermelhidão e pontos brancos pelo corpo (como é o caso do íctio), a natação agitada e coceira (quando o peixe se esfrega nas pedras. Esse sintoma também é comumente observado nos casos de íctio).

Os parasitas são  seres muito pequenos, alguns deles invisíveis a olho nu. Os que podem ser vistos facilmente são: o piolho d’água, que fica  aderido às escamas dos peixes e apresentam tamanho que varia de 4 a 9 mm, e o verme âncora, que apresenta vermelhidão como sintoma e uma espécie de fio saindo do corpo do animal.

 

Espécies mais atacadas

Tanto os peixes de água salgada como os de água doce podem sofrer com parasitas, porém, algumas espécies são mais atacadas.

Entre os peixes de água doce, são mais comuns em kinguios e carpas que, por serem peixes de lagos, acabam por ter uma contaminação maior. Já entre as espécies de água salgada, os mais atacados são os tang, também conhecidos como cirurgiões.

 

Contágio de parasitas em peixes

O parasita é traído de um hospedeiro, que pode ser outro peixe, uma planta natural ou um invertebrado. Um peixe recém-adquirido, por exemplo, pode vir com parasita e contaminar todos os outros peixes que já são habitantes do aquário.

Da mesma forma, utilizar crustáceos e moluscos de água doce como alimento vivo pode trazer o parasita para os peixes, já que a taxa de parasitose nesses animais é altíssima. Por isso, é importante ter cuidado ao oferecer alimentos vivos para peixes de aquário.

 

Onde se alojam

O local onde os parasitas se alojam no corpo do peixe varia dependendo do parasita. O piolho d’água, comum em carpa e kinguio, costuma se alojar nas brânquias. Ictio e odinos ficam alojados na mucosa, aderidos às escamas, sempre sugando a vitalidade do peixe.
Já o verme âncora se instala na pele, ficando metade no interior e metade no exterior do peixe.

 

Parasitas podem matar

Infelizmente, sim. Dependendo do tempo em que se aloja no peixe, ela vai deixando-o debilitado ao sugar sua vitalidade. Com isso o animal para de se alimentar, começa a ter dificuldades de respiração, podendo ir a óbito.

 

Como combater parasitas em peixes

Os parasitas procriam em altas temperaturas, portanto se o aquário estiver com uma temperatura mais alta, automaticamente, eles saem do peixe para se reproduzirem no ambiente. Quando estão fora do animal, ficam mais vulneráveis, por isso esse é o momento de administrar medicamentos e parasiticidas. Dependendo do caso, também é possível deixar a água levemente salobra para eliminá-los.

No entanto, quando estão alojados no peixe, o combate se torna um pouco mais difícil, pois os parasitas encontram-se mais fortes (sugando a vitalidade do animal) e resistentes aos medicamentos. Neste caso, se a espécie for de água salgada, deve-se fazer nele um banho – de poucos segundos – de água doce e se for de água doce, vice-versa, pois o parasita de água salgada é intolerante à água doce, do mesmo jeito que o de água doce é intolerante à água salgada.

 

Tratamento

O tratamento é muito agressivo. Se for um aquário marinho, por exemplo, exige ainda mais cuidado e atenção, pois não se pode utilizar medicamentos no aquário principal, principalmente se nele houver invertebrados, pois estes são intolerantes a alguns princípios ativos que integram os parasiticidas. Por isso, caso haja peixe contaminado no aquário principal, é extremamente importante que o animal seja retirado, para ser tratado isoladamente, sem prejudicar o aquário principal.

Já no aquário de água doce, para evitar o ataque de parasitas é preciso manter a água em temperatura estável, para isso é indicado o uso de um termostato. Sem a oscilação da água, o peixe não sofre estresse e não fica vulnerável aos parasitas, bactérias e outros causadores de doenças.

 

Prevenção

A melhor maneira de prevenir o ataque de parasitas é, em primeiro lugar, conhecer o local de onde se está adquirindo o peixe, saber se é confiável. O próximo passo é  observar o comportamento do peixe, seu corpo, natação. Também é essencial ter um aquário quarentena para que o animal fique nele por um período, em observação, antes de introduzi-lo no aquário principal. Pois caso ele tenha vindo com alguma contaminação, esta seja identificada e tratada antecipadamente.

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