São poucas as pessoas que nunca se sentiram incomodadas, em algum momento, com gato no cio. Desde os miados na madrugada até o comportamento do pet, que fica mais difícil que o habitual, parece um problema sem fim.

Mas quem acha que são só os tutores – e vizinhos – que se incomodam com isso, está completamente enganado. As felinas também sofrem bastante nessa fase, e por isso é preciso, antes de mais nada, compreender melhor o que se passa, a fim de saber como agir para ajudar sua gatinha.

 

O que é o cio

É uma manifestação natural da fêmea, que indica que ela está no período fértil, ou seja, com maturidade sexual suficiente para a procriação.

Durante esse período – também conhecido como estro – a fêmea libera feromônios que são atraentes aos machos, além de mudar seu comportamento para chamar a atenção. Em alguns casos, a hormonação das bichanas pode ser tão forte que elas ficam mesmo desesperadas e carentes ao extremo, chegando a emitir miados similares a gritos durante a noite, o que costuma incomodar bastante a quem quer que esteja por perto.

Miados similares a gritos - Gato no cio: o que fazer

As gatas podem emitir miados similares a gritos quando estão no cio

 

Sinais de que a gata está no cio

Embora os sintomas do cio variem bastante de acordo com cada animal, existem alguns classificados como mais comuns ou mais fáceis de reconhecer. O sintomas que uma gata normalmente apresenta quando está no cio são:

  • Carência e sensibilidade aguçadas ao extremo;
  • Esfregar-se por tudo e pedir carinho constantemente;
  • Ronronar mais forte e mais alto;
  • Micção mais frequente (fora da caixa de areia) e com odor forte;
  • Andar mais inclinado, com o rabo sempre em pé, deixando os genitais expostos;
  • Comportamento agitado (mais inquieta e incomodada que o normal);
  • Passa a dormir menos;
  • Gritos estridentes (geralmente noturnos);
  • Tentativas sucessivas de fuga.

Vale destacar, no entanto, que algumas gatas, mesmo no cio, podem não apresentar todos esses sinais.

Gato no cio: o que fazer? 2

 

Duração do cio

Assim como os sintomas, o tempo do cio também varia conforme vários fatores. Neste caso, a duração do cio é influenciada pela forma como a gata é criada, a região em que mora, se há machos não castrados disponíveis por perto, etc. Via de regra, o tempo de cio é de 7 a 15 dias, variando um pouco para mais ou para menos.

Em condições normais, o primeiro cio de uma gata pode se iniciar entre o 5º e o 9º mês, mas se ela conviver com machos, esse período pode ser adiantado. É interessante perceber que não se trata, no entanto, de um ciclo regular.

O cio pode acontecer pelo menos três vezes ao ano, especialmente na primavera e verão. No entanto, assim como após parir esse tempo é afetado, também pode ser que a permanência de machos ao redor faça com que dê início a um novo ciclo de reprodução mais rapidamente, e a gata entre novamente no cio.

 

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Cuidados e precauções com o gato no cio

A melhor recomendação a ser feita em relação a esses momentos é ter paciência. Se sua gatinha estiver no cio, é muito pouco provável que você possa fazer algo que solucione o “problema” dela. O mais importante é compreender que essa é uma fase estressante tanto para o pet quanto para o tutor.

Mas se o objetivo for evitar a reprodução, o mais indicado é tentar impedir (a todo custo) o contato dela com os gatos, seja evitando que ela saia à rua ou impossibilitando a presença e permanência dos machos de plantão por perto. Redes de segurança também podem ajudar nesse sentido. Leia também o artigo 6 dicas para evitar gato fujão.

Quanto aos comportamentos indesejados do gato no cio, há muito pouco que se possa fazer. O ideal ainda é dar bastante carinho e atenção, mas sempre tendo cuidado de que, justamente por estar extremamente sensibilizada, ela pode acabar não aceitando muito alguns tipos de afagos.

Atualmente, a internet é campeã de receitas caseiras que, segundo seus autores, servem para abrandar os sintomas do cio. Entretanto, nenhuma delas até hoje pôde ser comprovada cientificamente. Ainda assim, existem alternativas como os feromônios artificiais que, mesmo incapazes de resolver de forma definitiva o problema, podem ajudar a acalmar a gata no cio.

 

Castração

Esta sim pode ser considerada a única forma eficaz, de fato, contra os incômodos causados pelo cio. A castração é bastante recomendada e utilizada tanto para evitar a reprodução indesejada quanto para a prevenção de doenças, garantindo maior tranquilidade e saúde para o pet.

 

Cio depois da gata parir 

Em relação ao cio, outra fase que demanda atenção ocorre pouco depois da cria. Todos sabemos que, normalmente, os filhotes são desmamados por volta dos 2 meses. No entanto, mesmo antes desse período (e muitas vezes sem apresentar sintomas) as gatas podem sim, se aninhar novamente e providenciar uma nova ninhada.

Gato no cio: o que fazer? 3

 

Nesse caso, o ideal é preservar a gata presa dentro de casa, de forma a mantê-la sem acesso a machos, a fim de postergar ao máximo o próximo cio, especialmente em se tratando de épocas de sol e calor intenso.

Outro detalhe importante é que, após o desmame dos filhotes, a gata já pode ser castrada sem problemas, o que pode trazer um alívio, tanto para o pet quanto para o tutor.

Independentemente de qualquer coisa, quem quer ter uma gata precisa compreender que, ainda que incomode um bocado, o cio é um processo fisiológico natural, que demanda muita compreensão e cuidado.

Não aceitar essa realidade pode tornar a vida de ambos ainda mais difícil, além de piorar bastante o relacionamento com seu querido pet, que não tem culpa alguma e sofre tanto quanto os humanos em relação a tudo isso.

Quer saber mais sobre gato no cio ou ficou com alguma dúvida? Deixe seu comentário. Será um prazer poder ajudar!