Você sabe em que idade é preciso administrar cada  vacina para cachorro?

Quem tem um bichinho sabe o tamanho da importância de protegê-lo. Nesse ponto, as vacinas têm papel fundamental, pois previnem o contágio por doenças e assim possibilitam que se mantenha a saúde do pet em dia, ao mesmo tempo em que evitam a propagação de zoonoses, que são um perigo não só para os animais, mas também para os humanos que os rodeiam.

Além disso, as vacinas ajudam a proteger o organismo do cão contra eventuais vírus ou bactérias que poderiam atacá-lo, desenvolvendo doenças e necessitando de algum tratamento intenso e de alto custo.

E como nem só de boa ração vivem os cachorrinhos, separamos algumas orientações sobre as vacinas para proteger o seu bichinho.

 

Como agem as vacinas para cachorro

 Assim como ocorre com as produzidas para humanos – a vacina para cachorro age no organismo criando uma defesa interna contra micro-organismos que possam atacá-lo.

Assim como as vacinas humanas, toda vacina para cachorro é produzida a partir do próprio agente infeccioso (bactéria ou vírus) causador da doença. A diferença é que são usados os germes atenuados, como se fossem mais mansos, e em alguns casos até mesmo mortos, que são inseridos no corpo do animal, com o intuito de formar uma defesa interna – os anticorpos.

Assim, da próxima vez em que for exposto ao mesmo tipo de agente infeccioso, o organismo do animal já o reconhecerá como um invasor perigoso e saberá como combatê-lo.

 

Vacina para cachorro: proteção para toda a família

E é sempre bom lembrar que a importância da vacinação dos pets vai muito além da proteção exclusiva do animal, uma vez que há doenças que podem ser transmitidas dos bichinhos aos seres humanos, como, por exemplo, a Leishmaniose e a raiva.

Daí a necessidade de saber a época certa de vacinação, pois, desta forma, ao manter a vacinação de seu pet em dia, você estará mantendo também a sua saúde e a de sua família. 

 

Vacina para cachorro: em que idade aplicá-la? 2

 

Vacinas fundamentais

É dever do tutor manter o pet saudável e feliz. Para alcançar esse patamar, as principais vacinas para cachorro são as vacinas V8, V10 e V12, além da antirrábica (contra a raiva), a vacina contra leishmaniose, Giárdia e Tosse dos Canis (também conhecida como Gripe Canina ou Traqueíte).

Quem deve indicar a melhor vacina para o seu cachorro é apenas o veterinário, uma vez que esse profissional consegue avaliar as condições de saúde do animalzinho e verificar as reais necessidades dele.

Mesmo assim, é interessante ter conhecimento de que algumas vacinas são complementares, ou seja, combatem vários subtipos de uma mesma doença, como é o caso das vacinas V8, V10 e V12, por exemplo. A seguir, detalhamos melhor os tipos de vacinas para cada doença e as melhores épocas para aplicação:

V8

Idade do animal para a aplicação: de 45 a 60 dias.

Aplicação: 4 doses divididas a cada 3 ou 4 semanas, com reforço anual.

Combate: Cinomose, Parvovirose, Hepatite infecciosa canina, Adenovirose-2, Parainfluenza, Coronavirose, Leptospirose Icterohaemorrhagiae e Leptospirose Canicola.

 

V10 

Idade do animal para a aplicação: de 45 a 60 dias.

Aplicação: 4 doses divididas a cada 3 ou 4 semanas, com reforço anual.

Combate: As mesmas doenças que a V8, além da Leptospirose Grippotyphosa e Leptospirose Pomona.

 

V12

Idade do animal para a aplicação: de 45 a 60 dias.

Aplicação: 4 doses divididas a cada 3 ou 4 semanas, com reforço anual.

Combate: As mesmas doenças que a V10, além da Leptospirose Copenhageni, Leptospirose hardjo e Leptospirose Pyrogenes.

 

Contra Tosse dos Canis (Traqueíte)

Idade do animal para a aplicação: A partir de 60 dias.

Aplicação: 2 doses divididas a cada 4 semanas, com reforço anual.

Combate: Agentes virais Parainfluenza e Adenovírus e bactéria Bordetella bronchiseptica.

 

Vacina contra Giárdia

Idade do animal para a aplicação: a partir dos 3 meses.

Aplicação: 2 doses divididas a cada 3 ou 4 semanas, com reforço anual.

Combate: Parasitas flagelados da sp. Giardia Lamblia causadores de Giardíase.

 

Vacina contra Raiva Canina

Idade do animal para a aplicação: a partir dos 4 meses.

Aplicação: Única, com reforço anual.

Combate: Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

 

Vacina contra Leishmaniose

Idade do animal para a aplicação: a partir dos 4 meses.

Aplicação: 3 doses divididas a cada 3 semanas, com reforço anual.

Combate: Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

 

Atraso na dose

Uma situação assim está longe de ser a ideal, mas, na correria do dia a dia, inúmeros fatores podem fazer com que, vez ou outra, o tutor acabe por deixar passar o prazo de vacina do cachorro, ou até esquecer que precisava vaciná-lo novamente.

É importante destacar que, se esse atraso ocorrer nas doses de reforço anual, o problema não será tão grave e pode ser facilmente solucionado com a aplicação da vacina. O único problema, nesse caso, é que seu pet ficará vulnerável a essas doenças (e sua família também) até que ele seja devidamente imunizado.

 

Quando o pet ainda é filhote

Já no caso de esquecer ou deixar passar a data das vacinas complementares, aplicadas quando o cão ainda é um filhote (com periodicidade de semanas entre doses), o veterinário precisará reiniciar o esquema de vacinação como se o animal não tivesse tomado nenhuma das doses, o que aumenta bastante os custos da imunização.

Então, fique de olho nas datas, para não perder nenhuma!

 

Cão adulto nunca vacinado

Se você tem um cão adulto que nunca foi vacinado, o esquema vacinal seguirá o mesmo padrão da vacinação de filhotes. O mesmo se aplica a cães de rua ou resgatados, independentemente da idade.

 

Campanhas gratuitas

Alguns lugares promovem, periodicamente, campanhas de vacinação gratuita de animais, em especial para doenças como leishmaniose e raiva, que podem ser transmitidas dos animais para humanos.

O recomendado nesse sentido é que os tutores de animais que levam a vacinação de seus cãezinhos a sério, ao saber de uma campanha dessas, se mobilizem para possibilitar também a vacinação de cães de rua que circulam por perto, a fim de evitar o contágio na região.

Além de ser um ato de amor, é uma forma de proteção e cuidado com os animais e com toda a comunidade local. 

 

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Reações à vacina para cachorro

Algumas reações à vacina para cachorro são previsíveis e até benéficas, pois podem significar que o organismo do animal está se comportando como deveria.  Por isso, nada de deixar o pet sem vacinar por medo dos efeitos colaterais!

As reações mais comuns incluem febre alta, falta de apetite, tristeza, sonolência leves, vômito e até diarreia.

Há a possibilidade de reações mais graves, mas também bem mais raras, como choque anafilático, mas isso pode ser prevenido fazendo um exame de sangue antes da vacinação. Daí a importância de sempre levar seu pet para ser vacinado por um profissional veterinário competente. 

 

Outros cuidados importantes

Não vacine seu cachorro se ele apresentar, antes da vacinação, qualquer sintoma da doença. Nesses casos, pode ser que ele já esteja contaminado, e somente o veterinário poderá avaliar cada caso específico e indicar a melhor forma de combate e tratamento para a doença.

É importante estar com a vermifugação em dia antes da vacina, a fim de garantir que o organismo do seu cão não tenha nenhum comprometimento de imunidade.

Cães não vacinados não devem ter acesso a outros animais ou à rua, pois isso aumenta o risco de contaminação e proliferação de doenças.

O efeito das vacinas só se dá a partir de 15 a 30 dias após a última dose. Durante esse intervalo, evite a exposição de seu pet em passeios ou lugares nos quais ele tenha contato com a terra e outros animais, a fim de não comprometer a eficácia da vacina.