Ao adquirir novos peixes para um aquário, independentemente de serem de água doce ou salgada, eles precisam passar por uma adaptação antes de chegarem à “sua nova casa”.

Pensando em ajudar nessa tarefa, selecionamos algumas informações importantes sobre a adaptação dos peixes, para que a saúde de seu novo peixinho seja preservada. Confira!

 

Por que fazer a adaptação dos peixes

Para que a adaptação dos peixes ocorra com êxito, é essencial que o aquarista faça a aclimatização dos novos habitantes aos parâmetros do aquário. Tanto no aquário da loja, como no saquinho onde eles são acomodados para o trajeto até em casa, o pH e a temperatura podem mudar. Em dias muito quentes, a temperatura pode subir e quando está mais frio, pode baixar.

E por ficar durante algum tempo dentro do saquinho, os peixes geram uma grande quantidade de amônia e isso, consequentemente, faz com que o pH caia e se torne muito ácido, prejudicando sua saúde.

Não fazer a adaptação dos peixes pode causar um choque térmico ou um choque de pH e levá-los à morte.

 

Como fazer a adaptação dos peixes

É muito simples realizar a aclimatização para garantir a adaptação dos peixes em um novo aquário. Ao adquirir um peixe, este é acomodado num saquinho plástico com água e fechado com bastante oxigênio. Para viagens mais longas, é adicionado ainda oxigênio medicinal na embalagem.

A adaptação pode ser feita seguindo 4 passos básicos:

 

1. Saquinho fechado boiando no aquário

Ao chegar em casa, o aquarista deve deixar o saquinho boiando no aquário entre 10 e 15 minutos para que as temperaturas se igualem. O ideal é medir a temperatura com um termômetro. Caso a aferição não seja possível, é imprescindível que o saquinho boie por ainda mais tempo.

 

2. Porções de água do aquário dentro do saquinho

Feito isso, o aquarista deve ir adicionando, a cada cinco minutos, porções de água do aquário para dentro do saquinho para equiparar o pH. Por isso, também é de extrema importância ter um teste de pH para comparar os parâmetros do aquário com os do saquinho.

 

3. Introdução do peixe no aquário

Quando temperatura e pH estiverem iguais, o aquarista pode introduzir os peixes, pois eles já estarão aclimatados. Porém, a água do saquinho precisa ser descartada e não deve ser misturada à água do aquário, já que esta contém uma grande quantidade de amônia, resultado do processo da respiração do peixe, além de suas fezes.

 

4. Completar a água do aquário

Como uma parte da água do aquário foi utilizada na aclimatização para a adaptação dos peixes, o aquarista deve providenciar uma nova quantidade para reposição. Entretanto, deve tratar com condicionador de água antes de despejá-la no aquário. Esse processo ajuda na troca parcial de água, que deve ser feita de tempos em tempos. Leia também o artigo Troca parcial de água nos aquários.

 

Temperatura e pH iguais - Adaptação dos peixes: como garantir a saúde de um novo habitante

Quando temperatura e pH estiverem iguais, o aquarista pode introduzir os peixes, pois eles já estarão aclimatados.

 

Adaptação dos peixes maiores

O processo também deve ser seguido para peixes maiores. Nesses casos, tanto a água quanto o peixe devem ser colocados em um balde ou outro recipiente – limpo e sem resíduos de produtos químicos – que possa comportá-lo. Com uma mangueira (que pode ser a mesma utilizada em compressores), o aquarista deve fazer uma derivação da água, levando água do aquário para dentro do balde.

Ao realizar essas ações, tanto temperatura quanto pH são adaptados ao mesmo tempo, fazendo com que o processo seja um pouco mais rápido. Feito isso, o peixe já pode ser introduzido no aquário, porém, é importante lembrar que, mesmo nessa adaptação, a água do balde também precisa ser descartada.

 

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Estresse e perda de mucosa

Poucas pessoas sabem, mas durante o processo de captura para ser colocado no saquinho, o peixe se estressa e acaba perdendo mucosa, sua proteção contra bactérias. Desta forma, é muito comum o peixe sair saudável da loja e no dia seguinte, já em sua nova casa, apresentar fungos e parasitas. Isso acontece porque ele entrou em um novo ambiente totalmente vulnerável e com a imunidade baixa. Entretanto, esses parasitas ou fungos já estavam presentes em seu organismo.

Por isso, sempre que adquirir um novo peixe, é essencial que o aquarista introduza no aquário um revitalizador de mucosa para revigorar e proteger a mucosa do peixe a fim de que ele não contraia nenhum tipo de bactéria no novo aquário.

 

Parasita - Adaptação dos peixes: como garantir a saúde de um novo habitante

Quando o peixe se estressa, acaba perdendo mucosa e se torna vulnerável. Na imagem, a mancha vermelha próxima à barbatana é devido a parasitas.

 

Quando os peixes são territorialistas

É comum que os peixes que já habitam o aquário persigam e agridam o novo habitante, o que pode ser também motivo de muito estresse. Por isso, ao adquirir um peixe novo que tenha costume territorialista, a dica é fazer a adaptação dos peixes com as luzes apagadas. Além disso, o aquarista também deve mudar pedras, plantas e enfeites de lugar para distrair a atenção dos que já moram no aquário. 

É importante salientar que mesmo com esses cuidados, os antigos habitantes podem notar o novo peixe, por isso o revitalizador de mucosas é essencial para garantir a sua imunidade, caso ele seja perseguido em sua chegada.

Seguindo essas dicas, os peixes se adaptarão com sucesso na nova casa e estão saudáveis e bonitos.

Ficou com alguma dúvida ou quer saber mais sobre adaptação dos peixes? Deixe seu comentário. Será um prazer poder ajudar!

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