Confira 4 causas comuns de peixe comendo peixe.
Só quem tem em casa ao menos um peixinho sabe o tamanho do privilégio de conviver cercado de beleza. Não importa a espécie, nem mesmo a quantidade: os peixes de aquário são campeões quando o assunto é conquistar silenciosamente os corações humanos.
Apesar de todas as lendas que envolvem a adoção de peixes como pets, muito se engana quem acha que esses serezinhos não são dotados de qualquer habilidade. Alguns peixes possuem um nível de comunicação que deixaria muita gente de queixo caído, reconhecendo seus tutores e fazendo graça para eles quando se aproximam do aquário, por exemplo.
Entretanto, é preocupante quando o aquarista percebe que os peixes começaram a devorar uns aos outros dentro do aquário.
Peixe comendo peixe: é normal?
Por mais incrível que pareça, esta é uma cena perfeitamente possível e até mais comum do que se pensa.
O fato é que, independentemente de espécie, os peixes podem desenvolver comportamentos de canibalismo, devido a fatores como estresse ou alimentação inadequada, por exemplo.
4 causas comuns do canibalismo entre peixes
Para ajudar a entender o assunto, fizemos uma lista das quatro principais causas de se ver peixe comendo peixe num aquário. Confira!
1. A alimentação pode estar inadequada ou insuficiente
Se há canibalismo entre peixes no aquário, pode ser que algo de errado esteja acontecendo, e é sempre melhor averiguar.
Quando se trata de alimentação, os erros mais comuns costumam ser a escassez ou a inadequação da ração. Via de regra, quando há pouca comida disponível (ou quando não é apropriada), os episódios de canibalismo entre peixes se tornam mais frequentes.
Desta forma, quem pretende viajar (ou mesmo ausentar-se por várias horas) deve estar atento a detalhes como esse, e buscar soluções como, por exemplo, providenciar um mecanismo que vá liberando a comida aos poucos, ou mesmo pedir a alguém que alimente seus peixinhos duas vezes ao dia, até que você possa voltar a cuidar deles como se deve.
Além disso, também é preciso levar em conta que algumas espécies buscam alimento na superfície, outras no fundo do aquário. Daí a importância de adquirir o alimento correto e recomendado para cada uma das espécies presentes no aquário. Leia também 5 erros mais comuns na alimentação dos peixes.
2. Aquário pode estar superlotado
A falta de espaço de um aquário lotado demais acarreta insuficiência de oxigênio e alimentos, o que aumenta consideravelmente o nível de estresse dos peixes e muda completamente seu comportamento.
Além de deixá-los mais fracos pela demanda de um constante estado de alerta que a superlotação ocasiona, a disputa por alimentos e território pode fazer com que se tornem mais agressivos, seja pelo risco de serem devorados por outros, seja pela falta de esconderijos nos quais possam descansar sossegados.
Da mesma forma, o excesso de indivíduos pode gerar uma escassez de alimentos, que possivelmente venha a enfraquecer a imunidade e alterar o metabolismo, fatores que também precisam ser contabilizados antes de pensar em aumentar a quantidade de peixes em relação ao tamanho do aquário disponível. Confira também o artigo A quantidade ideal de peixes para um aquário.
3. Existem espécies que são incompatíveis
Antes de pensar em juntar peixes de espécies diferentes em um mesmo ambiente, é preciso buscar informações sobre elas.
Isso porque, embora o ambiente seja um dos principais fatores a serem considerados – especialmente tendo em vista a saúde dos peixes – o simples fato de determinado parâmetro aquático ser recomendado a ambas as espécies não elimina, por si só, a possibilidade de um dos peixes comer o outro dentro do aquário.
O mesmo ocorre quando se tenta juntar espécies de tamanhos muito diferentes, uma vez que, naturalmente, é muito comum que peixes maiores (ou carnívoros) tenham os peixes menores como parte de sua cadeia alimentar.
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4. Pode ser o comportamento da espécie
E, claro, há peixes que, por sua natureza, já costumam ser mais agressivos.
Essas espécies, obviamente, não devem ser colocadas para conviver com quaisquer peixes de espécies menores ou mais calmas e devem ser recomendadas apenas a aquaristas que já possuam certa experiência e que, portanto, já saibam o que é apropriado (ou não) fazer em cada situação, especialmente quanto à convivência de espécies.
Ciclídeos e betta: exemplos de espécies agressivas
Os ciclídeos africanos, por exemplo, são carnívoros de linhagem bastante agressiva, e quando postos em convivência com outras espécies, raramente deixam sobrar algum indivíduo mais fraco, mais lento, mais calmo ou menor.
Há também o Betta, uma espécie que, embora seja bastante recomendada para aquaristas iniciantes, demanda vários cuidados, pois os machos costumam se envolver em muitas brigas (ainda que com indivíduos da mesma espécie), seja por disputas de território ou de fêmeas.
Recomenda-se, portanto, que o aquarista que optar que os Betta convivam com outras espécies, coloque-os em um aquário espaçoso e com indivíduos machos e devidamente pacíficos, para evitar brigas que culminem em episódios de canibalismo.
Os amantes de peixinhos que prestaram atenção a estas dicas básicas, dificilmente terão problemas de convivência em seu aquário.
Ficou com alguma dúvida ou quer mais orientações sobre peixe comendo peixe? Deixe seu comentário. Será uma satisfação poder ajudar!